A construção do complemento do asfalto da BR-110 num trecho de 78 quilômetros ainda continua sendo um sonho. Inicialmente, a obra não teve início por conta da burocracia para liberação de várias licenças ambientais.
Agora, a empresa Delta, responsável pela obra, aguarda o fim da crise instalada no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para iniciar o empreendimento.
Agora, a empresa Delta, responsável pela obra, aguarda o fim da crise instalada no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para iniciar o empreendimento.
O gestor operacional da Delta, Flávio Guedes, confirma que a obra está em "stand by, esperando uma definição de cima", diz, referindo-se à espera de uma determinação do novo ministro dos transportes.
Segundo Flávio Guedes, o que impede o início dos serviços no momento é a ausência de uma supervisora para fiscalizar a obra. "Existia um processo de licitação para contratar a profissional de fiscalização, mas o novo diretor do Dnit suspendeu todos os processos", revela.
O diretor observa que as licenças ambientais estão sendo liberadas aos poucos pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) e que também já existem recursos suficientes liberados para tocar a obra durante todo o ano de 2011. "Já temos R$ 36 milhões liberados, praticamente metade do valor da obra, orçada em mais de R$ 84 milhões. O problema mesmo é a crise do ministério e do Dnit", reitera.
O complemento do asfalto da rodovia federal é um sonho de cerca de quatro décadas, que foi retomado há um ano quando, em agosto de 2010, foi feita a assinatura da ordem se serviço entre a Delta e o Dnit.
Porém, nos últimos 12 meses, muita coisa aconteceu envolvendo personagens ligados diretamente à obra, incluindo a prisão dos ex-diretores da superintendência potiguar do Dnit, de diretores da Delta e, mais recentemente, demissões em massa no Ministério dos Transporte e Dnit.
Para Flávio Guedes, falta um pouco de sorte para que a obra, que vai beneficiar diretamente Mossoró, Upanema e Campo Grande, saia do papel. "Vamos aguardar que tudo se acalme no ministério e Dnit para iniciarmos os serviços e só pararmos quando concluirmos tudo. Posso garantir que essa obra não tem como retroceder", ressalta o diretor, dando uma dose de ânimo para todos que esperam pela conclusão da BR-110.
FONTE: JORNAL DE FATO
REPORTAGEM:MAGNUS ALVES
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