quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MACIEL I

Falar de Maciel é uma tarefa muito fácil. Era um amigo simples e humilde, sempre na dele, tinha raiva de fofocas e conversas infundadas, não queria saber de vida de ninguém.
Seu esporte preferido sempre foi o futebol, torcedor vascaíno assumido. Em dia de jogo do cruzmaltense, podíamos ver ele sentado na calçada da casa de sua mãe, com seu rádio de pilha  acompanhando a partida. Isso  quando o jogo não era transmitido pela televisão.
Ainda adolescente quando terminava seus afazeres na serraria ou na casa de cêra, onde seu pai o ensinou  a trabalhar desde de sedo, sempre arrumava um tempo para bater uma pelada com seus irmãos e amigos num campinho de terra batida, que tinha em frente  a sua casa.

Todo seu bom desempenho com a bola, lhe rendeu uma vaga na seleção local, chegando a defender várias partidas com a camisa azul. Existia uma coisa que ele tinha medo, era sair de upanema para jogar em outra cidade, achava perigoso se acaso ao time adversário perdesse, poderia ser que tivesse alguma briga.
Depois de muitos anos comentei com ele a esse respeito, ele me dizia bem humorado, que aquilo era coisa de gente matuto mesma.
Ainda por volta dos anos 80, inventavámos de tudo para tomar uma pinga. Criamos um jogo entre amigos nas manhãs de domingo, para em seguida termos o que comemorar.
Em campo estava dois exelentes times de beberões, de um lado ESPORTE REGADO DE PITU  versus CARANGUEJO FAROFENTO CLUBE. Depois do resultado da partida não queria saber do placar o bom mesmo era tirar onda da cara dos pernas de pau da minha qualidade.
O galeto cozido por sua mãe dona MARIA já estava cheirando muito, o litro de pinga com os copos já  estava  sobre a mesa improvisada  embaixo do pé de acácia.  Era  só o inicio para um bom porre.

Esse relato me faz recordar muitas alegrias que passamos juntos, como bons amigos que sempre fomos.

Um comentário:

  1. Caro Núbio,

    Postei comentário neste espaço logo após sua homenagem e não obtive sucesso.

    Na ocasião falava da sua lealdade a amizade de Maciel e dizia o quanto é importante ouvir os amigos relembrarem nosso irmão com alegria e afeto.

    A lembrança e as homenagens dos amigos de Maciel significa pra gente a relembrar o grande cidadão que foi.

    Abraço

    Zé Wilson

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